Desde o último dia 27 de junho que venho refletindo sobre a convivência política nos Estados Unidos, depois da repercussão do debate entre Joe Biden e Donald Trump.
Não só a repercussão, bem como as consequências nos meios democratas ao admitirem que o atual presidente foi o derrotado do debate, a ponto de muitos aconselharem a sua desistência do pleito.
Ontem (13), esta minha reflexão foi fortalecida ao tomar conhecimento do condenável atentado ao ex-presidente Donald Trump, candidato republicano, detentor das honras protocolares do cargo que exerceu, apesar dos sérios problemas que enfrenta na justiça.
As primeiras reações da população e das autoridades americanas, foram de repúdio ao ato e de solidariedade à vítima.
As especulações maliciosas e as narrativas fantasiosas não foram aventadas nesta hora de tristeza e preocupação.
O americano tem respeito pela sua pátria e pela ordem democrática.
Voltei a mente para o nosso país, onde ninguém admite que perde debate, nem mesmo aqueles que não conseguem pontuar nas pesquisas, prevalecendo a empulhação.
Nos Estados Unidos, o fato pode ter diversas interpretações porém uma verdade, ao passo que no Brasil, o fato sempre tem diversas verdades, baseadas na distorção ideológica ou nos interesses politiqueiros.
Aqui, qualquer ato condenável é sempre jogado na conta de adversários, aos quais são atribuídas conotações políticas de cunho insultuoso que às vezes nem condizem com a verdade, dentro do melhor sentido do conceito de que “aliado meu não tem defeito, já o adversário, se não tiver, eu invento”.
Até mesmo a consideração pelo ser humano é desprezada nos relacionamentos políticos tupiniquins, imperando as narrativas da desqualificação, da calúnia e da baixaria mesquinha e maldosa, esquecidos de que o respeito pela honra da família e dos atores democráticos, deve prevalecer sempre, em qualquer circunstância.
Um dia a gente chega lá!
Belmiro Deusdete
Mín. 21° Máx. 26°