Cidade que sobre trilhas e trilhos escoou riquezas,
Descortinou horizontes,
Conduziu sonhos a todo vapor.
Alagoinhas, todo teu passado, teu presente
E teu futuro reflete-se em espelho d’água,
Que contém todos os tempos e todas as gentes.
Alagoinhas de aroma primaveril, flor de laranjeira
Nas palavras do Jurista “Pórtico de Ouro do Sertão”.
Esta urbe trás em si a beleza suave de um amanhecer no Buri,
Alagoinhas dos velhos casarios e casarões
De construções em ruínas, de arquitetura eclética secular
Pintada a escaiola.
Da Velha Catedral Igreja Matriz de Santo Antônio
Aonde o Galo anuncia um novo tempo de felicidades.
Alagoinhas o teu Convento de São Francisco
Reluz em antigo vitral sacro ecos da arte européia milenar.
Alagoinhas em tuas Praças, em teu Coreto
Muitas histórias de amor jazem guardadas
Seladas há um tempo que passou.
O teu comércio, a tua Feira, a tua Fé são tradições do meu lugar.
No Pau Pintado, nos Monumentos, nos Memoriais, nos Cemitérios,
na superfície de uma tela, na arquitetura, expressou sua arte visual,
sua plástica maior.
Alagoinhas manancial de riqueza, beleza e cultura,
Do teu barro modelaram-se os potes, as talhas, as moringas
Para dar-nos de beber da segunda melhor água de todas no mundo.
Ed Carlos Alves de Santana
Artista Plástico e Mestre em Artes Visuais pela EBA - UFBA
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