Em teus tabuleiros perfumados
Estão enterradas as relíquias de nosso passado,
Em urnas funerárias de terracota da Tribo Tupinambá,
Ao cheiro do alecrim os teus mistérios
Seguem na curva do rio
No espelho d’ água transparente de lagoa místico-feiticeira
Segredos milenares narraram-se, ocultam-se e transmutam-se em lenda, mito e história.
O vento silvou por entre frondosa mata agreste em aroma verde-vida
Onde se fincaram os alicerces de nossa Alagoinhas original a pau e pedra, a pau a pique,
A margem da Fonte dos Padres,
Traçaram-se as linhas iniciais de nossa história,
Pedra sobre pedra em lombo eqüino, em braços escravos,
Sob a égide da fé erigiu majestoso templo da religiosidade dominante, nunca concluso, cheio de enigmas e nenhuma elucidação à sombra de antigo sacerdote português.
Ed Carlos Alves de Santana
Artista Plástico e Mestre em Artes Visuais pela EBA-UFBA
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