A delação premiada proposta pela desembargadora baiana Sandra Inês Rusciolelli e por seu filho, Vasco Rusciolelli, ambos investigados no âmbito da Operação Faroeste, foi validada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ ) Og Fernandes, relator do processo, em junho.
Na edição deste sábado, o jornal Folha de S.Paulo apresenta detalhes da delaçao, que é o primeiro acordo feito por uma desembargadora no país. De acordo com a reportagem, a magistrada descreve uma espécie de órgão dentro do Tribunal de Justiça da Bahia que teria o objetivo "de coagir e pressionar” quem não participasse do suposto esquema que envolvia venda de decisões judiciais. Entre os principais citados na delação estão o ex-secretário de Segurança Pública da Bahia Maurício Barbosa e o ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia Gesivaldo Britto.
A denúncia ainda não foi aceita e o processo está suspenso a pedido do Ministério Público.
A Operação Faroeste investiga as suspeitas sobre vendas de decisões judiciais no país desde 2019 e já prendeu desembargadores, juízes e advogados. As investigações estão a cargo da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República.