Geração de emprego e renda, presença da empresa na infraestrutura das cidades e estradas de acessos aos poços, diminuição da pobreza e previsão de um projeto de longo prazo, além da inserção de jovens sem experiência nas atividades. Esses são os pilares apresentados pela Petrobras durante o evento que marcou o Iº Encontro de petróleo e gás, realizado na manhã de hoje (13), num hotel da cidade, voltado para prefeitos, vereadores, empresários do ramo e trabalhadores do setor.
A expectativa é de um investimento superior a R$ 4 bilhões, R$ 2 deles destinados à Bahia, cuja região de Buracica, em Alagoinhas, Catu, Pojuca, Entre Rios, Cardeal da Silva, Araçás, Aramari, Esplanada e Terra Nova, serão os primeiros beneficiados, pois já têm poços ativos e inativos com grande potencial de produção.
No passado recente, a Petrobras alegava que a produção de petróleo on shore, em terra, era o caro e resolveu vender ou fechar alguns poços ativos, mas essa realidade agora é outra, disse Stênio Galvão, gerente executivo de Terras e Águas Rasas, que fez uma apresentação sobre os impactos que esse novo momento da empresa deve gerar.
A Petrobras deve assegurar mais 3 bilhões de dólares a médio prazo para a Bahia, assegurando a progressão de investimentos da empresa e sua aposta no setor ons hore. “A nova gestão da Petrobras não pensa apenas a Bahia de agora, mas a do futuro. Estamos totalmente engajados com toda a cadeia gerencial para potencialização das atividades onshore, aquelas que tratam de extração em terra”, disse Stênio.
O plano de médio prazo da Petrobras para a região, segundo Stênio, é saltar das atuais 13 para 23 sondas de perfuração. Três delas, segundo ele, já estão adquiridas e vão atuar na região, o que ratifica o projeto de retomada da produção de petróleo na região.
O prefeito da cidade de Cardeal da Silva, Branco Sales, presidente do Consórcio do Litoral Norte e Agreste da Bahia, solicitou que a Petrobras reveja o modo de contratação de novos trabalhadores, pois no modelo atual, só é contratado quem tem mais de dois anos de experiência comprovada em carteira.
Stênio Galvão disse que é possível que a empresa reveja esse modelo de contratação, uma forma de garantir que esses jovens permaneçam nos seus municípios, ajudando na diminuição da evasão escolar, além de oportunizar trabalho numa área promissora e rica.
O prefeito de Alagoinhas, Gustavo Carmo, revelou a expectativa da gestão municipal com a geração de emprego e renda, incremento da economia e melhoria das condições de vida na cidade e da região.
“Esse é o momento de discutir sobre tudo que cabe ao município e aos territórios fazerem para facilitar a operação dessa estatal que é um orgulho do nosso país. Para isso, tivemos aqui a representação da força política da nossa cidade e da região, além de dezenas de empresas que atuam no ramo petrolífero, num encontro que faz parte da política de desenvolvimento econômico e social que queremos implantar em nosso município. Essa presença massiva abre espaço para relações comerciais e é um aceno positivo para a instalação de novos negócios em Alagoinhas”, afirma Gustavo.
Articulador do encontro, o deputado estadual Radiovaldo Costa atribuiu ao setor de petróleo e gás a posição de pilar fundamental da economia da região. “Este é um setor que gera recursos que permitem que os prefeitos possam investir na saúde, na educação, em infraestrutura. É uma cadeia muito importante na Bahia, que deve, sim, ter os investimentos potencializados. Com isso, é possível atrair novos negócios e outros investimentos, inclusive do próprio setor petrolífero, para nosso Estado”, avalia.
O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Augusto Vasconcelos, destacou o potencial de Alagoinhas para novos negócios e a geração de postos de trabalho com carteira assinada no município. “Trata-se de uma cidade com uma vocação industrial e que tem um coletivo de trabalhadores e trabalhadoras qualificados. O Governo Estadual estará ao lado da gestão municipal para colaborar com o projeto de desenvolvimento, valorização da mão de obra e alteração das condições de vida de quem trabalhará de modo direto e indireto na consolidação desses investimentos”, afirma.
Capacitação
Outra ótima notícia para a região, no contexto de crescimento do setor petrolífero, foi a proposta apresentada pelo SENAI Bahia, que atuará como articulador entre as empresas e os entes públicos para formar mão de obra qualificada, a ser absorvida pelo mercado. De acordo com a proposta, os alunos farão os cursos gratuitamente, já que o custeio será feito pelos municípios e pelas empresas.
Gianmarco Furlini, coordenador de Mercado do SENAI-BA, explicou que a pretensão inicial é formar mil profissionais para atuar em indústrias do ramo de petróleo em Alagoinhas e região. Dentre os cursos que devem ser ofertados estão os de plataformista, torrista, sondador e segurança de processos.
“Nosso objetivo é que haja o crescimento, tanto dos municípios, como das indústrias baianas. Para isso, como instituição, vamos seguir lado a lado com o setor público e as empresas, para atender a demanda de mão de obra que existe, num projeto que tem um viés social”, explica Furlini.
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