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Anúncio de emendas de R$ 7 milhões é pouco para os anseios de Alagoinhas se tornar a cidade do bilhão

Deputado informou à imprensa que Alagoinhas já recebeu mais de R$ 300 milhões, 16 dos quais em seus mandatos.

03/02/2025 às 22h00 Atualizada em 03/02/2025 às 22h04
Por: Vanderley Soares Fonte: Vanderley Soares
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Foto: Arquivo Gazeta
Foto: Arquivo Gazeta

O anúncio feito pelo deputado federal Joseildo Ramos (PT), que vai conseguir liberar R$ 7 milhões em emendas parlamentares para a cidade de Alagoinhas é muito pouco perto dos milhões previstos em emendar, projetos e arrecadação anunciada pelo então candidato a prefeito Gustavo Carmo (PSD), dando ao município um patamar importante na sua recuperação quanto à posição dos maiores municípios da Bahia.

Hoje, mesmo com várias fábricas do setor cervejeiro, Alagoinhas, que já foi a 10ª cidade em arrecadação, a oitava em população, é a 15ª cidade baiana em arrecadação, mas com enormes bolsões de miséria, déficit de moradias populares, muitas dificuldades na saúde pública e ausência de planejamento para médio e longo prazos.

Desde à chegada da última empresa do ramo cervejeiro em 2015, nenhuma outra indústria aportou na cidade, apesar da promessa feita pelo ex-prefeito Joaquim Neto do ingresso da Dolly e da Império, ambas sem nenhum sinal de que retomarão seus projetos.

Na coletiva com a imprensa, o deputado federal informou que Alagoinhas já foi beneficiada com mais de R$ 300 milhões em emendas, mas que desse valor R$ 16 milhões vieram de seu mandato.

Ainda quando era prefeito e, posteriormente como deputado estadual, o deputado Joseildo Ramos falava que traria uma universidade federal para Alagoinhas. A UFRB foi para três cidades do Recôncavo, mas Alagoinhas ainda não foi contemplada com tal instituição.

IF Baiano, Sesc, Senai, essas instituições estão até em cidades bem menores do que Alagoinhas, e não significam tanto quanto uma universidade federal, que atrairia para o município estudantes de todo o Brasil. Há apenas uma faculdade de Medicina, mas essa é privada e seu interesse é no lucro.

Em 2017, primeiro ano do mandato do ex-prefeito Joaquim Neto, o deputado federal Paulo Azi (União Brasil), anunciou emendas e aportes de obras na casa dos R$ 170 milhões. Isso foi grafado em placas de out door por toda a cidade. Menos de um ano depois, a aliança com o grupo de Joaquim minguou, e as emendas também minguaram no mesmo percentual.

A cidade do bilhão, pelo visto, vai ter que remar muito para atingir o patamar prometido pelo então candidato Gustavo Carmo, hoje prefeito e dependente dos recursos federais para reverter a falta de emprego, melhoria da qualidade de vida e finalizar cumprindo sua promessa de campanha. Comemorar recebimento de ambulâncias e viaturas não é sinal de desenvolvimento.

 

Vanderley Soares DRT 4848

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