Segunda, 10 de Fevereiro de 2025
22°

Tempo nublado

Alagoinhas, BA

Dólar
R$ 5,78
Euro
R$ 5,96
Peso Arg.
R$ 0,01
Cidades Meio Ambiente

Meio ambiente continua sendo um problema em Alagoinhas

Rios, lagoas e nascentes estão há muitos anos à espera de investimentos para a restauração.

20/01/2025 às 12h35
Por: Vanderley Soares Fonte: Vanderley Soares
Compartilhe:
Meio ambiente continua sendo um problema em Alagoinhas

O nome Alagoinhas é derivado de lagoas, rios e riachos dentro e no entorno da cidade. Porém, nenhuma administração tomou pra si a responsabilidade de cuidar, preservar e manter a tradição do nome, gerando grande potencial turístico para o município.

Os trabalhos realizados pelas últimas administrações, e com o ex-prefeito Joaquim Neto não foi diferente, foi apenas de limpeza e retirada de plantas aquáticas, limpeza das bordas e retirada de pedras.

Esse trabalho é repetido ano após ano, pois o não contempla a recuperação plena do espaço. A Fonte dos Padres, por exemplo, local de grande tradição histórica, recebe limpeza anualmente, principalmente em suas margens, retirando árvores nativas e vegetação que dariam sustentação às bordas.

No entanto, o esgoto continua sendo jogado no leito dos rios e lagoas, dando fonte de alimentos para as plantas aquáticas e diminuindo a oxigenação da água, aumentando a mortandade de peixes e outros seres vivos no local.

A cidade de Alagoinhas também tem uma quantidade grande de nascentes, mesmo sem um mapeamento. Elas estão em áreas públicas e privadas. As públicas estão desaparecendo com a expansão imobiliária.

Um exemplo claro disso é a nascente da rua Santos Dumont, no bairro Jardim. A nascente está numa área ao lado de uma base do SAAE. NO terreno em anexo está sendo erguida uma igreja, cuja construção derrama grande parte dos dejetos, barro e lama exatamente no local da nascente.

Ainda pré-candidato a prefeito, Gustavo Carmo visitou o local e garantiu solicitar à Secin uma fiscalização no local e verificar in loco a obra da igreja e o aterro à nascente.

O trabalho da igreja se intensificou, não houve visita e a nascente desapareceu. Outras nascentes estão no mesmo patamar. A expansão urbana chega, constrói ao lado ou em cima e, o resultado, desaparecem.

As lagoas mais conhecidas também passam pelo mesmo processo. Na Lagoa da Feiticeira, no Catu, uma casa avança sobre a lagoa. A borda está assoreada e o seu interior lotado de resíduos, lixo e esgoto.

O único projeto que deu certo foi o da Lagoa da Cavada, cujo trabalho envolveu milhões de reais, mas criou um canal de saneamento e melhorou a vazão do espaço.

Como ainda está muito recente na pasta, vamos aguardar a projeção do secretário de Meio Ambiente para saber quais projetos e se sua pasta vai contemplar lagoas, rios e nascentes.

 

Vanderley Soares

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Ele1 - Criar site de notícias