Há pouco tempo havia uma sigla que determinava as administrações que passaram e nada fizeram para solucionar o problema de alagamento no Silva Jardim, bairro que voltou à cena após as chuvas da semana passada.
Acrescenta-se a essa sigla Jo-Jo, que corresponde às duas administrações do prefeito Joaquim Neto, que fala numa expansão de quase 30% na ampliação da oferta de esgotamento e rede pluvial, mas que provou que nem tudo está resolvido.
E em se tratando do bairro ou rua Silva Jardim, parece que o problema é mais sério do que parece. Sem falar no centro da cidade com ruas e praças alagadas. A população não esperava que esses alagamentos se repetiriam, mas se repetiram e ainda mais grave. Lojas comerciais, escritórios e residências foram invadidos por níveis pluviométricos já registrados no passado.
Em forma de uma bacia, a cidade de Alagoinhas traz toda a carga pluviométrica dos bairros mais altos para o centro, causando alagamentos e transtornos a motoristas, transeuntes e ambulantes. O rio Catu não suportou a vazão, transbordou mais uma vez e deixou a população em polvorosa.
Uma das áreas onde, imaginava-se, não ocorreria mais alagamentos foi na região do Laguna Shopping. Alagou e gerou grandes transtornos aos passantes.
Uma outra área que imaginava-se também não alagar é a rua Antônio Pena, que dá acesso à Estação Rodoviária. Ali foi feita uma grande galeria e com a garantia de que não haveria mais alagamentos.
Outros quinze pontos da cidade registraram alagamentos, todos motivados pela saturação do sistema de drenagem pluvial ou pelo subdimensionamento pluviométrico da administração.
As duas primeiras semanas da gestão do prefeito Gustavo Carmo foi de uma herança antiga e maldita, fruto da falta de planejamento das últimas administrações em Alagoinhas, que deveriam pensar e trabalhar a cidade para os próximos 50 anos, não apenas de forma paliativa.
Vanderley Soares
Mín. 21° Máx. 31°